Na vida como robôs...
E as luzes da visão se acendem,
com uma intensidade violenta...
Essa luz cobra um devir acelerado,
mas ignora os medos interiorizados.
Se exige que a vida esteja no ritmo,
que tudo seja violentamente veloz...
Apenas se exige que sejamos,
mas como ser neste mundo se ao amor desencontramos?
A vida ignora nosso sentir,
apenas cobra que demos sempre mais...
Não se pode viver sem o ritmo aumentar,
não importa o "eu", apenas vale o que à sociedade passamos à acrescentar.
Quanto mais a vida suga de nosso íntimo,
mas a alma se desnuda no coração exposto.
Se não nos atermos ao devir amado,
jamais fugiremos das grades da vida como robôs programados.