QUERER REGRESSIVO

QUERER REGRESSIVO

O regresso tumular,

Naufraga sem direção.

O enterro dedilhado pela penumbra,

Separa todos os dias.

A noite habita,

Nas recordações dos ruídos venenosos.

A seiva do florescer,

Estremece pelos sentimentos.

A visita da infância,

É contrária à sustentação.

As posses memorizadas pelo já,

Negam a existência,

Ante o avistamento da rigidez.

A ausência do voo,

Corta a luz interior da insônia.

A pessoalidade do morrer,

Cresce através do uso pisado.

O nó inicial da vez imagética e solitária,

Olha turvo,

A melancolia do andar localizado.

A procura indefinida,

Substitui o querer

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 05/08/2022
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