Balancete.
Quantas noites imaginárias...
Quanta perplexidade...
Quanta alteração de consciência.
Quantos tremores na terra.
O corpo muito claro.
O quarto muito negro.
O corpo que eu não vejo.
E os olhos dos meus dedos.
Quantos drinques pela goela.
Quantas imagens autistas.
Quantos mal-entendidos.
Quanta fumaça na noite.
A luz através da janela.
Na noite, sua perna branca
Sobre o meu corpo marrom.
E a mente viaja...
Mas o que é a morte?
E o que é a vida?
Quem inventou a cama de casal?
E quem somos nós?