Balancete.

Quantas noites imaginárias...

Quanta perplexidade...

Quanta alteração de consciência.

Quantos tremores na terra.

O corpo muito claro.

O quarto muito negro.

O corpo que eu não vejo.

E os olhos dos meus dedos.

Quantos drinques pela goela.

Quantas imagens autistas.

Quantos mal-entendidos.

Quanta fumaça na noite.

A luz através da janela.

Na noite, sua perna branca

Sobre o meu corpo marrom.

E a mente viaja...

Mas o que é a morte?

E o que é a vida?

Quem inventou a cama de casal?

E quem somos nós?

Luciano Fortunato
Enviado por Luciano Fortunato em 29/11/2007
Código do texto: T757407