BORBOLETA.
Da borboleta
que pousou na minha tela,
quero o planar das asas
e o calor do corpo.
Quero mergulhar
neste corpo que pulsa,
me deter e me soltar,
como um olhar que busca lírios.
Vem me amar,
sou capitão destes desejos,
sou abelha zumbindo,
para uma flor polinizar.
Vem deleite da poesia
plasmar a vida,
toque num verso universal,
se alimente, se ilumine.
Corte os nós que amarram os gritos,
mergulhe nesta vibe real,
sou o sol desta manhã
que aquece seu quintal.
Sou lira, nos teus ouvidos,
resvalando em teus sinais,
sou as cores indefinidas
refletidas nos vitrais.