BORBOLETA.

Da borboleta

que pousou na minha tela,

quero o planar das asas

e o calor do corpo.

Quero mergulhar

neste corpo que pulsa,

me deter e me soltar,

como um olhar que busca lírios.

Vem me amar,

sou capitão destes desejos,

sou abelha zumbindo,

para uma flor polinizar.

Vem deleite da poesia

plasmar a vida,

toque num verso universal,

se alimente, se ilumine.

Corte os nós que amarram os gritos,

mergulhe nesta vibe real,

sou o sol desta manhã

que aquece seu quintal.

Sou lira, nos teus ouvidos,

resvalando em teus sinais,

sou as cores indefinidas

refletidas nos vitrais.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 31/07/2022
Reeditado em 21/08/2022
Código do texto: T7572159
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