COSMOLOGIA NIILISTA

Nas bordas do sem tempo a natureza sonha a matéria em movimento

Que nos transcende como objeto

Na contra mão das civilizações e das eras.

Hei de morrer inumano, sem alma,

Memória ou legado,

As vésperas de alguma definitiva catástrofe.

Pois a alma do homem é o desastre.

Hei de me desfazer no arcaico sonho do caos absoluto

Contra todas as razões e humanidades,

Como matéria, coisa, e movimento

Livre de toda ilusão de identidade ou verdade.