O amor: Na aorta e no chão
O amor se estrepou?
E fugiu
De saudades se fez, de versos, de fininho saiu
E o que tinha gosto,
Era sol posto,
Foi morar na paz, no vazio e no desgosto
Do oceano onde imergiu.
Não o procure, nem vasculhe,
Nem se meta com o poeta.
Ele não fala de amor,
Sua paixão é flor sem pétala
E seu estômago desnutrido, corroído
Só alimenta quem anseia por alheio sofrer
E espera para andar e se encontrar na linha
Pra que morrendo, volte então a viver.
O poeta? Depois que o amor caiu da árvore, só se alimenta de papel.