Terra orgia
E a noite, qual matrona gorda,
Deitou-se pesada e vagarosa sobre a cama-terra,
Na hora mesma em que todos os úteros sincopavam em tons menores,
Ruídos de luxuriosa agitação.
Deram-se falos em soberbas inquietações murmurantes
Às pontinhas estreladas costuradas no colo.
E os úteros desejosos engoliram seus males,
Chovendo ternuras em agudezas pouco castas.
Era a hora do deleite do mundo inteiro,
Em orgia cósmica e pacífica.
Não houve mortes.