MEUS AMORES PLATÔNICOS

Às vezes lembro as paixões da adolescência:

Eram tantas as eleitas, cada musa, outras dores

Penava de paixão, mas com tanta inocência

Onde estão as deusas por quem morri de amores?

Terão engordado, posto no mundo muitas crias?

Quantas bem sucedidas? Quantas sem emprego?

Será que casaram ou tornaram-se amargas e frias?

Quais despertam desejos? Quais são desassossego?

Como sofri sozinho! Mas terão elas desconfiado

Dos meus suspiros de amor, se os mantive secretos?

Quantas riram de mim? Quantas terão me elogiado?

E os verdadeiros namorados: terei eu desafetos?

Como adolescente sofre! Mas é bom ter amado.

Platônicos? Sim! Mas de sensações repletos!