ENXUGANDO O PRANTO QUE ERA SEU!
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Esperei durante muito tempo...

Olhei inúmeras vezes para o céu!

Balbuciei sílabas para devolver ao

coração uma justificativa plausível

para tanto sofrer!

Esperei apenas!

Nada aconteceu!

Aconteceu demais e
foi desforrando-se do meu rosto

umedecido no entardecer tristonho...lento!...

Lágrimas encharcadas de lembranças idas, 
doridas e enfermas!...

Espera de gente descontente!

De gente que,

como esperança,

sumiu no amarelecer dos olhos

perdidos no entrelaçar dos dedos

 que enxugavam o pranto que era seu!

©Balsa Melo
22.11.06
Brasília - DF

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 28/11/2007
Código do texto: T756909
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