Essência
No cais dos meus (de)lírios,
Onde não se fartam as emoções,
Gritam feito loucos os desejos,
Onde se escasseiam minutos,
Então, aproveito o pouco de mim,
Nessa margem ancorada dos sonhos,
Onde busco alcançar-me assim,
Entre as linhas dos labirintos,
Ergo a imagem daquilo,
Que se assemelha a alma,
Na sua essência do exalar da pureza,
Para que meus frutos,
Não sejam ocos,
Ou tampouco azedos,
Por isso, vou me acolhendo
Entre os sentimentos e os ventos,
Escrevendo cada passo de esperança,
Fincando com nervura o amor,
Mantendo o calor da criança,
Que grita dentro do âmago,
Para que o adulto dos meus medos,
Não corrompa ao todo a essência da alma (...)
(M&M)