AUSÊNCIA
Ah! O teu exílio!
Deixou órfã minh'alma...
Órfã no desejo de dar a ti!
No vazio que faz doer em mim,
essa dor ímpar, única!
No deserto de meus dias!
Ah! O teu exílio!
Arrancou de minhas entranhas
o útero.
Que faz nascer minha ânsia
e minha calma...
No desejo incessante de amar!
Ah! O teu exílio!
Para tão perto...
Deixou entreaberto,
o desejo de esperar.
À beira do cais, à espera do ais...
Talvez nunca mais!
Jadir Macedo.