TRAVESSURAS
Ainda lembro você menina,
Que ao voltar de um circo
Chamou toda criançada,
Fez do galho da algaroba
Num vizinho terreno baldio;
Seu improvisado trapézio.
Se balançou, rodopiou,
Sonhou ser grande trapezista
E sem a menor proteção,
Descuidou, escorregou, caiu;
Quebrou um dos braços
Ao se chocar com o chão.
O tempo passou e já crescida
Apenas algumas vezes lembra
Das travessuras vividas.
Ainda conservo na memória,
A cena daquela menina;
Imitando um trapezista.