NO MESMO RECANTO

No mesmo recanto do meu quarto,
sem nada me dizer, você me aparece,
e traz sempre consigo o que é seu.

De nada fala, apenas algo
murmura. Quer sempre um pouco
mais do néctar que sempre fora meu.

Meu corpo ao seu se aliena,
por horas até flerta, e assim sem mesmo
pedir, possui o que de mim ainda resta.

Oh! Miserável criatura...
Por que durante toda a noite sugas
tudo que é meu?