Pequenas histórias 278
A mudez do papel
A mudez do papel fere a carne na manhã de quarta-feira
Mecânicas ações agem em atitudes desleixadas
Ultrajam-se sentimentos alheios ou imorais
Desesperam-se os angustiados pelo sábado
Estereótipos civilizados pregoam a falsa felicidade
Ziguezague antes alucinados caçam infrutíferos prazeres
Desenvoltos futuros orgulhosos empresários
Ostentam vaidosos os poderes estelionatários
Patéticos palhaços da fome acrobática
Almejam o quinhão de fama na elasticidade da vida
Prostituem-se pelo pão do desprezo saboreando o doce do preconceito
Elegem-se ladrões comandando da cadeia seus asseclas
Liberdade, liberdade gritam as vozes mudas pelo medo