NO RUMOR DA APROXIMAÇÃO
NO RUMOR DA APROXIMAÇÃO
No rumor geográfico do tempo,
O começo da viagem,
Nega o poder da resistência.
Tentações paradas,
Passam pelos equívocos.
Diminuições populares,
Chocam subidas.
O habitar indefinível das posses,
Aconchega-se no ser dançante.
Unicidades circulantes,
Soam ritmicamente.
A importância das línguas enterradas,
Aquece apegos.
Os alicerces da fome,
Bastam-se em demonstrações.
Condições aromáticas da lentidão,
Despem os centros dos convívios.
O nada do ter,
Nomeia as dúvidas do tudo.
O chamado dos gêneros,
Pinta as posses com beijos.
Os pontos das horas,
Esmagam arquivos.
Os meios dos gritos,
Festejam por adversidades.
O diário chegar,
Falsifica crenças.
O exprimir das profundidades,
Escurece paraísos.
O agora das voltas,
Caminha pela claridade.
O guiar sinalizado,
Norteia ausências.
O haver definido pelo entendimento,
Cala a organização.
O canto velado,
Toca a iluminação,
Com os percursos.
O afastamento infantil,
Promete aproximações.
Sofia Meireles.