MULHERES POESIAS
Algumas mulheres que tiveram seus nomes transformados em poesias. Estes poemas são para aquelas senhoras que detenham essas graças.
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EMÍLIA
uma forte corrente de ar
entrou pelo enorme corredor da casa
Emília dormia profundamente
naquela manhã que se previa de chuvas
acordou assustada colocando as luvas
para encobrir uma enfermidade em suas mãos
isso a entristecia, a deixava quase reclusa
naquele quarto onde o sol pouco clareava
na verdade ela não gostava, ele a incomodava
Emília sentia uma profunda decepção
por razões que o coração é quem sabe dizer
amara um homem que suas mãos o destruíram
movida pelo ódio os ciúmes a consumiram
hoje lamenta o desfecho de seu ato impensado
o destino colocou marcas em suas mãos
jamais vai esquecer, sente agora a carícia do vento
que entra pelo corredor e aguça seu pensamento
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A M É L I A
(A) manhã calma me mostrava um sol bonito
A (M)edida que o dia passava eu continuava triste
Qu(E)ria dizer pra mim que sofrimento não existe
Ape(L)ei para o destino me trazer de volta
Uma (I)nseparável companhia que eu amava
Améli(A) era tudo para mim, com ela eu contava
Em muitos momentos mudou minha vida
Agora pago o preço que o destino impôs
Aquel(A) mulher deixou comigo a solidão
Meu (M)edo agora é ouvir dela um não
Se (E)ntender que não será feliz comigo
A (L)uta é desigual, mas conto com seu sentimento
L(I)berando seu coração, acabando meu sofrimento
(A)liviando uma grande carga na minha vida
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L A R A
Olhei atentamente para o final da rua
Longe, uma figura me chamou a atenção
A sua elegância, seu charme, era outra não
Rezei para estar certo, para ser ela
Aquela a quem amei com verdadeiro amor
Meu coração palpitava a cada passo dado
Eu não saberia o que dizer, estava emocionado
Lara, era você, era quem eu queria encontrar
A emoção invadiu meu peito, estava a sonhar
Restos de esperança afloraram em minha mente
As lembranças do passado foram esquecidas
E o seu abraço gostoso veio depressa
Outra coisa melhor não poderia acontecer
Longe de tudo e de todos ficamos a conversar
A sua beleza e os seus beijos que me encantavam
Representavam agora os delírios que faltavam
A pureza de um amor que estava guardado
Esperando apenas o momento para renascer
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C A C I L D A
estava sempre na janela tristonha
nos olhos aquele mesmo brilho misterioso
confesso, fiquei adimirado, porém curioso
sabia apenas que seu nome era Cacilda
e que recebia uma visita furtiva
sempre séria, passava horas pensativa
ela era personagem do meu mundo encantado
povoava meus sonhos, me dava alegria
mas me perguntava por que não sorria
tinha vontade de acenar quando me olhava
temia porém que Cacilda não correspondesse
imaginando me criticar quando um dia descesse
esse amor proibido tende a continuar
deve saber que a amo, talvez nem me ame
se um dia tiver coragem talvez eu a chame
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FLORINDA
Pensei ter esquecido o passado
Quando perdi o amor de Florinda
Na época jovem, alegre e linda
Deixei escapar essa flor rara
Que de mim gostava tanto
E eu não respeitei o seu pranto
Quando parti e a deixei por nada
Anos depois voltei a procurá-la
Descobrindo que tinha se casado
Pois o destino havia me decepcionado
Mas esse mesmo destino um dia
Resolve abrandar a minha dor
Durante a missa quando adorava o Senhor
Meu ombro é tocado por mão trêmula
Era Florinda que havia me reconhecido
Estava viúva, seu destino fora cruel
Abracei esse anjo, meu doce, meu mel
(Obs.: Florinda é aquela a qual faz parte do poema "Amargo Regresso", publicado aqui no RL).
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E L I A N E
(E)u vi a porta abrir e ela entrar. Me arrepiei.
-- Havíamos rompido há algum tempo.
(L)iguei de imediato meu pensamento ao seu.
-- Ela sorriu e me fez um convite aos seus braços.
(I)maginei uma cena romântica, nós nos beijando.
-- Mas isso não era real, eu estava delirando.
(A) minha mente captou essa imagem fantasiosa
. porque ainda guarda ela com carinho.
(N)ão sei por que Eliane se foi e me deixou aqui
-- perdido em ilusões, esperando sua volta.
(E)liane, sua lembrança jamais se apagará da minha
-- memória, estarei sempre lhe vendo chegar.
(Obs.: escolhi esse nome aleatoriamente, mas se você leitora se chama Eliane, sinta-se homenageada com este acróstico/poema)
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M A G N Ó L I A
vai, menina! joga teu charme!
mostra teu decote, te exibe
pois isso é o que sabes fazer
da língua do povo não quer se esconder
fazendo questão de mostrar o corpo
amigos são muitos, a perder de vista
seu grande sonho é ser capa de revista
namora todo mundo sem gostar de ninguém
ainda é jovem, prefere aproveitar
gozar a vida, fazer o que gosta
essa é Magnólia, garota extrovertida
que gosta de samba, adora um pagode
ninguém lhe engana, com ela ninguém pode
mal chega a noite já sai pra curtir
mas no dia seguinte já tá no batente
quem duvida dela só pode ser demente
vai, Magnólia! quero ver teu charme
teu seio está quase à mostra
as pernas grossas e bonitas
se um homem te fere tu gritas
manda logo ele calar a boca
não tem medo de quem a incrimina
se acha uma patricinha, uma menina
a Magnólia que todos gostam de ver
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T H A M Y
Thamy olhou o relógio e saiu apressada
Mal teve tempo para um gole de café
Tinha dormido pouco, estava com sono até
A manhã estava linda, o sol brilhava
Tinha um compromisso, coisa de mulher
Carregava no ventre um fruto de puro amor
Era o segundo, frágil tal qual uma flor
Mas tinha esperança de torná-lo forte
Na saída consultou o futuro rebento feliz:
"E aí, bebê? Duvida que mamãe te ama?"
E conversa, não importa se atenção chama
Só quer mostrar que está feliz com ele
Thamy volta já tarde do consultório
O doutor examinou, tudo bem no momento
Se olha no espelho, procura um argumento
Dirige um elogio para dentro de si
Em breve a criança vai nascer sadia
Vai precisar de seus seios para se nutrir
Um agrado e um beijinho vai querer sentir
É o destino, é a vida sempre a reinar
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T E R E Z A
Tereza
Da beleza e dos sonhos
Dos olhos de boa menina
Embora sejam tristonhos
Por que?
Tu és bela e atraente
Por que ficar tão calada?
Por que ser indiferente?
Tereza
Viva a vida agora
Saia e venha sorrir
Anime-se sem demora
Ame!
De você alguém precisa
Ame a natureza
Isso talvez consiga
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M A R L Y
Marly
Por que estás tão distante?
Me pergunto a todo instante
Sem poder me conformar
Marly
Eu queria ver o teu rosto
E apreciar o bom gosto
De uma garota dinâmica
Marly
Teus cabelos quisera tocar
Em teus olhos também olhar
O brilho da sinceridade
Marly
O corpo formoso tens ainda?
Suponho que és mais linda
Que a própria natureza
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K Á T I A
no clube o conjunto tocava alegremente
era uma música lenta, internacional
e eu estava ali por um motivo especial
queria ver Kátia, minha paquera
eu a namorava sem ela saber
seguia seus passos, queria entender
o porquê dessa minha paixão
pouco a cumprimentava, tinha receio
de me infiltrar em seu meio
mas amava secretamente essa miragem
não a tinha de verdade, mas criei coragem
tomei mais um gole de cerveja e me aproximei
larguei os amigos, a noite era minha
olhei o seu corpo sensual, hesitei porém
Kátia seria minha, de mais ninguém
mas cadê a coragem que não chega?
ela está sozinha, quem sabe esperando
que a chame para dançar, implorando
voltei para a mesa, outro gole ingeri
o conjunto já tocava outra música, embalada
fazendo Kátia dançar solta no salão
outra investida, segurei a sua mão
convidei-a para a dança, eu estava tremendo
ela aceitou, colei então meu corpo no seu
no entanto sou um rapaz que emudeceu
queria lhe dizer algo, qualquer coisa
enquanto sentia seu perfume inebriante
e Kátia se soltou, ficou mais radiante
acho que gostou de dançar comigo
consegui coragem e sussurrei no seu ouvido:
“você é linda, meu coração está agradecido”
ela sorriu e me olhou emocionada
transformou minha vida, tudo que eu queria
agora tenho Kátia, meu orgulho, minha alegria
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S A B R I N A
a areia da praia queimava meus pés
sem chinelos, não sabia onde os deixara
procurava Sabrina, que triste se queixara
de que eu não estava mais amando-a
estava perturbado, a praia quase deserta
tentando encontrar logo minha menina
confesso, errei, talvez seja minha sina
magoar um coração, enganar, trair
o vento quente da praia, o calor
parece ser uma punição para mim
Sabrina, preciso te encontrar e assim
pedir teu perdão, implorar teu amor
não deixar mais a areia queimar meus pés
finalmente a encontro, está triste
se esquiva de mim, começa a chorar
então me comovo, seu rosto tento beijar
ela cedeu, me olhou enxugando lágrimas
ganhei sua confiança, fiquei emocionado
não quero mais ferir seu coração
sei que a amo também, tenho certeza
sem Sabrina minha vida será de tristeza