SONHOS
À janela, na tarde que se esvai,
eu vejo passarem meus sonhos,
perdidos nos véus do abandono
entre dores, desamores,
de uma existência fugaz.
Voltam, hoje, cabisbaixos,
amarelados e mudos,
sem luz, sem cor, sem fulgor,
tão diferentes do ontem
que nem mesmo os conheço.
Sonhos verdes - juventude!
São sonhos que não têm preço.