esperança
surge a esperança
pequenina. pouco se nota seu brilho.
está escondida debaixo duma árvore.
é verde, e cintila em tons de alabastro.
surge a esperança…
sutilezas de uma manhã de primavera.
toco a esperança com a ponta dos dedos;
o exoesqueleto é frágil, mas me encanta.
há tanta beleza na esperança
que de tão pequena se escondeu:
se camuflou na grama densa.
tudo que se percebe é o tocar
do vento no mato. a esperança se agita.
há uma nova aura que nos envolve.
a esperança aguarda por um segundo —
que segundo! que demora… —
e retoma seu caminho — esperançosa.