esperança

surge a esperança

pequenina. pouco se nota seu brilho.

está escondida debaixo duma árvore.

é verde, e cintila em tons de alabastro.

surge a esperança…

sutilezas de uma manhã de primavera.

toco a esperança com a ponta dos dedos;

o exoesqueleto é frágil, mas me encanta.

há tanta beleza na esperança

que de tão pequena se escondeu:

se camuflou na grama densa.

tudo que se percebe é o tocar

do vento no mato. a esperança se agita.

há uma nova aura que nos envolve.

a esperança aguarda por um segundo —

que segundo! que demora… —

e retoma seu caminho — esperançosa.

Letícia Montes
Enviado por Letícia Montes em 19/07/2022
Código do texto: T7562733
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