TEMPO FULGURANTE
TEMPO FULGURANTE
No tempo do ainda,
O esquecimento demonstrativo e imenso,
Segue sendo.
A coletividade das conclusões,
Registra os mistérios dos feitos.
A definição dos atrevimentos,
Recolhe o tudo,
Em dores fulminantes.
O temor imaginado,
Desmorona o peso das disposições.
As palavras dos mapas pessoais,
Acabam com as recordações.
Ante o abraço da mesmice,
Os modos e as formas,
Podem reter as quantidades do haver interior.
As manchas, no pó do talvez,
Ou do amanhã,
Esperam o hoje.
A vida igual da felicidade fugaz,
Adverte verdades abstratas.
A exatidão dos fantasmas,
Fulgura nas fantasias.
Sofia Meireles.