Andorinha...
Esvoaças louca no vento,
gozando de liberdade...
Quem te guia é o pensamento;
Nem conheces a saudade.
O céu é o teu destino,
onde danças livremente;
Tu andas num desatino,
sempre feliz e contente...
Nos espaços cantas a vida,
num chilreio que bem soa...
Chegaste a ser querida,
nesses beirais de Lisboa...
Mas amas a liberdade,
com tuas asas ao vento.
O céu ... é tua verdade,
a vida ... teu alimento.
No vento tu danças louca,
ninguém te pode prender,
queres liberdade que é pouca,
mas tu a queres viver...
Este pobre trovador,
nas suas mãos te quis ter,
acabou provando a dor
e também, por te perder...
Voa andorinha da vida
e não esqueças do teu ninho,
onde te sentes querida
e te dão o seu carinho...
Este trovador já viu,
que afinal tens coração
e na sua alma sentiu,
que tu não foste ilusão.
Voa andorinha da vida.
Pois serás sempre querida...