TEXTOS SOBRE MANSÃO

              A MANSÃO

Doroty desceu da carruagem sorridente

À sua frente, imponente, a velha mansão

Ali viveu muitos anos, seguiu uma tradição

Criara filhos e netos na riqueza e no luxo

A família mudara, o imóvel ficou no abandono

Desgarrada de todos sozinha se sentiu

Preferiu a solidão para onde ela seguiu

Terminando seus anos da forma que começaram

Não lembrava mais do mordomo Augusto

A quem castigava com muita crueldade

Era seu servo fiel desde a pouca idade

Que ali faleceu vítima de suas torturas

Adentrou a mansão com certa elegância

Queria tomar conta de antigos pertences seus

Havia saído dali mas não tinha dito adeus

Voltaria para a posse na ausência dos anfitriões

Não chegou nem a tirar a poeira reinante

Ouviu uma voz de assassina lhe chamando

Conheceu aquele tom, ajoelhou-se chorando

E a mansão novamente ficou no abandono

(Publicado aqui no RL em 07/08/2012)

Esta história tem um desfecho e para saber leia o poema (história) AUGUSTO, aqui publicado.

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A MANSÃO DAS SOMBRAS - Um conto em forma de acróstico

((A)o som do piano uma música foi entoada na mansão, em ritmo lento parecia mais um evento fúnebre, a noite fria e sem lua deixava no ambiente um clima ameno.

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((M)ordomo há pouco tempo, Charles estranhou a melodia nessa hora, quase dez da noite.

((A) mansão esteve vazia por alguns meses desde a morte de Sir Reynold, a família resolvera ocupar outro imóvel do patriarca falecido.

((N)ão sabia o mordomo desse detalhe por ter sido contratado recentemente, quando alguns membros voltaram a ocupar o local.

((S)utilmente procurou verificar de onde vinham os acordes do piano, a música até lhe agradava.

((A)penas viu uma sombra que moveu-se rapidamente no corredor, isso o deixou intrigado.

((O) receio foi evidente, mas se conteve, mesmo não vendo ninguém por alí, imaginava todos já dormindo.

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((D)eteve-se próximo a porta da sala de visitas, deduziu vir dalí o som musical, ela estava semi-aberta.

((A) sua visão percebeu algo estranho através da abertura da porta, sombras se movimentavam como se dançassem.

((S)eu corpo paralisou, sentiu um pouco de medo, estava prestes a ir deitar-se mas preferiu averiguar esse fato.

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((S)ua mão pousou na maçaneta, ia abrir a porta, mas conteve-se ao ver uma sombra do seu lado, uma sombra sem um corpo, muito estranho.

((O) coração acelerou, sentiu o medo aumentar, mas se fez de forte, não devia gritar para não assustar os patrões.

((M)ansamente empurrou a porta e viu sombras freneticamente dançando enquanto uma produzia os sons nas teclas do piano.

((B)em perto dele toda essa parafernália, não reagiu, apenas sentiu uma tontura e caiu, a música então parou.

((R)apidamente levantou-se como se nada houvesse acontecido. Viu que a porta estava trancada e o silêncio era total.

((A) sua mão foi segura pela patroa suavemente, ele ficou sem jeito e caminhou pelo corredor, mas viu depois somente uma sombra que o amparava.

((S)umiu a pessoa e o mordomo Charles escutou novamente o piano a tocar com a porta semi- aberta.

(Publicado aqui no RL em 04/09/2019)

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 15/07/2022
Reeditado em 18/07/2022
Código do texto: T7560215
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