CRENDICES

Ainda guardo na lembrança

Coisas de quando menino,

Não tinha festa das bruxas

Mais era muito divertido,

Na calçada à luz da lua

Ouvir os mais velhos contar;

Estórias que eles viveram

Ou que muito ouviram falar.

Que nas noites de caçadas

Por vezes se sentiam perdidos,

Ficavam andando em voltas

Não tinham como se orientar,

Era a CAIPORA tentando agir

Para os animais poder salvar;

Se não lhe oferecesse fumo

Não saberiam como voltar.

Tinham outros que falavam

De um tal de CURUPIRA,

Que tinha os pés para trás

Para enganar quem caça,

Uma MULA SEM CABEÇA

Procurando o que lhe falta,

Um negrinho que saltitava

Pois tinha uma perna só,

Tinha um goro vermelho;

Ere o rei das travessuras

E se chamava SACI.

Sem falar que ainda tinha

O assustador de criança,

Era que nem um sonífero

Para fazer aquietar e dormir,

Calava até menino chorão

Ranzinza e ma'louvio;

Qualquer criança temia

O famoso BICHO PAPÃO.

Das bruxas já se falava

Como uma pessoa má,

Mais não fazia parte alguma

Da nossa crendice popular,

Na semana da cultura

Voltada pata nossas lendas;

Que quando criança ouvia

Os mais vividos nos contar.

As bruxas não eram parte

Das tradições culturais,

E como na nossa terra

Quase tudo hoje é copiado,

Esquecemos nossas crendices

Cultura hoje é o Hallween;

Sou muito mais as nossas lendas

CAIPORA CURUPIRA OU SACI.

Gilson Brasil
Enviado por Gilson Brasil em 13/07/2022
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