CRENDICES
Ainda guardo na lembrança
Coisas de quando menino,
Não tinha festa das bruxas
Mais era muito divertido,
Na calçada à luz da lua
Ouvir os mais velhos contar;
Estórias que eles viveram
Ou que muito ouviram falar.
Que nas noites de caçadas
Por vezes se sentiam perdidos,
Ficavam andando em voltas
Não tinham como se orientar,
Era a CAIPORA tentando agir
Para os animais poder salvar;
Se não lhe oferecesse fumo
Não saberiam como voltar.
Tinham outros que falavam
De um tal de CURUPIRA,
Que tinha os pés para trás
Para enganar quem caça,
Uma MULA SEM CABEÇA
Procurando o que lhe falta,
Um negrinho que saltitava
Pois tinha uma perna só,
Tinha um goro vermelho;
Ere o rei das travessuras
E se chamava SACI.
Sem falar que ainda tinha
O assustador de criança,
Era que nem um sonífero
Para fazer aquietar e dormir,
Calava até menino chorão
Ranzinza e ma'louvio;
Qualquer criança temia
O famoso BICHO PAPÃO.
Das bruxas já se falava
Como uma pessoa má,
Mais não fazia parte alguma
Da nossa crendice popular,
Na semana da cultura
Voltada pata nossas lendas;
Que quando criança ouvia
Os mais vividos nos contar.
As bruxas não eram parte
Das tradições culturais,
E como na nossa terra
Quase tudo hoje é copiado,
Esquecemos nossas crendices
Cultura hoje é o Hallween;
Sou muito mais as nossas lendas
CAIPORA CURUPIRA OU SACI.