Ócio
Deixa de correr a rotina,
E se aquieta o cansado.
Sem pressa do que já termina,
Adormece, o ser compassado.
Há horário marcado.
Não se pode contra o tempo.
Na verdade, o pecado
É viver uma vida morrendo.
De sono, de dor, de tudo!
Como saber que se vive,
Se não percebemos passar o mundo?
Não se paga para deitar e dormir.
Mas sem o ócio remunerado,
A carcaça irá sucumbir.