POEMA SOBRE UMA CRIATURA ESTRANHA

Esta poesia, meio estranha, foi publicada em 25/01/2015 e por incrível que pareça ninguém comentou, mas tudo bem, vai aqui publicada outra vez, quem sabe interesse a algum recantista da atualidade. Isso não me deixa chateado não, o fato é que geralmente só nos interessamos por textos recém publicados, eu também sou assim, mas de vez em quando vou lá no fundo do baú e leio coisas antigas.

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A CRIATURA

soltou-se abruptamente do cordão umbilical

lembrava muito pouco a fisionomia humana

tinha controle dos passos, uma vida insana

já nascera como um ser adulto, consciente

essa criatura horrenda assustava qualquer um

vinda de outra completamente estranha

de olhar hipnotizador e uma feiúra tamanha

jamais vista em alguma parte do planeta

entrou em ação começando a dizimar animais

rastros de sangue se via por onde passava

mal nascera e seu poderio já mostrava

esfacelando até o corpo de quem lhe deu a vida

sozinha ficou na Terra essa criatura medonha

o sangue era o seu alimento predileto

maldita criatura que há pouco era um feto

agora em tamanho descomunal causando pavor

ganhou as matas depois de saciar sua fome

procurou repouso mas a fome a consumia

saía em busca de algo, tudo ela comia

e em poucos minutos soltava os excrementos

parecia uma máquina destruidora de vidas

até que um inseto sua pele gordurenta picou

a criatura estremeceu, ali mesmo ficou

em pouco tempo seu corpo virou massa fedorenta

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 10/07/2022
Reeditado em 10/07/2022
Código do texto: T7556587
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