Te relembrei ao ponto de partir.

Enquanto mergulhava em uma piscina de saudades, me esquecia de lembrar de mim, e enfim me afoguei, afinal de contas, nunca soube nadar de verdade.

Te senti tanto, que perdi o tato, e de fato percebi que o mundo é um lugar ingrato.

Em meio há tantos males, somente percebia o lado bom, e por mais que essas facas me ferissem, preferia dizer que não, até que de repente eu me vi sem chão.

Não me senti confortável, ali eu já não sou mais desejada, foi quando eu percebi que o tapete de boas vindas havia se ausentado para mim, aí, como eu senti!

Senti tranquilidade ao perceber, que estava tudo bem em não querer, e então enfim desisti, desisti de alimentar a minha esperança e a minha expectativa em algum dia.... Enfim.

Somos lembranças em diversos momentos e lugares, habitamos diversos diferentes lugares e lares,

só não sabemos como de fato somos desenhados por aí.

Mesmo quando o sol se vai, ainda sentimos calor, não é meu bem? Espero que o efeito do meu amor sincero, ainda faça efeito nos seus dias singelos, e que todos os lugares ruins, já não façam mais parte de ti.

E mesmo que em meio a essa ausência eu já não faça mais tanta diferença, que lembre de mim, como alguém foi motivo para você chorar e sorrir.

Pulando assim de um assunto para outro, quero dizer pelo menos um pouco, que a morte é sim real, ela vai muito além do seu lado físico, só deixaremos de existir no plano físico, mas ainda vagaremos por lugares construídos somente para nós. E quando começares a ficar esquecido, sinto muito menino, mas é assim, que deixamos verdadeiramente de existir e desatam os nós. Entendes o que quero dizer? A morte é de fato não se lembrar.

Te relembrei a ponto de partir.

Me reparti a ponto de sumir.

Fabiana Alves
Enviado por Fabiana Alves em 10/07/2022
Reeditado em 28/07/2022
Código do texto: T7556404
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