VIGILÂNCIAS
Eu sempre procurei não ser repetitivo,
mesmo consciente que todo o caminho,
e do qual não escrevi nem um capítulo,
foi tão apenas o que dele quis o destino
e, é por isso, que nele eu de fato acredito,
o de dar vez e verso ao que está invisível,
à presença daquilo que não usa figurino.
Saber gritar sem parecer que é um grito,
e aceitar o que sobrou para o meu ofício:
ser poeta e vigiar as sombras do infinito.