CADA UM NO SEU COMPASSO

Das traves desse celeiro

Não sou cabo nem martelo

Nem jamais tirei um troco

Do teu suado dinheiro

Tampouco serei tão louco

Em ferir-te, oh companheiro!

Sempre serei um elo

Como o irmão carpinteiro

Pois semear amor e paz

É o que faço o dia inteiro

Sem o brilho das areias

De que vale todo o ouro

Se o que corre em minhas veias

É o meu maior tesouro

Não...

Não serei eu um capataz

Dos troncos desse terreiro

Porque sei

Que por sobre os paralelos

Passam apresados passos

Brancos, pretos e amarelos

Cada um no seu compasso!

Autor: Valter Pio dos Santos

08/Jul/2022

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 08/07/2022
Reeditado em 19/05/2023
Código do texto: T7555477
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