CADA UM NO SEU COMPASSO
Das traves desse celeiro
Não sou cabo nem martelo
Nem jamais tirei um troco
Do teu suado dinheiro
Tampouco serei tão louco
Em ferir-te, oh companheiro!
Sempre serei um elo
Como o irmão carpinteiro
Pois semear amor e paz
É o que faço o dia inteiro
Sem o brilho das areias
De que vale todo o ouro
Se o que corre em minhas veias
É o meu maior tesouro
Não...
Não serei eu um capataz
Dos troncos desse terreiro
Porque sei
Que por sobre os paralelos
Passam apresados passos
Brancos, pretos e amarelos
Cada um no seu compasso!
Autor: Valter Pio dos Santos
08/Jul/2022