A Princesa e o Monstro
Os seus olhos testemunharam
O que a boca não poderia confessar
Sabia que sua mente
Apodrecia ausente
Por trás da sua órbita ocular
Gritando aos quatro ventos
Os que seu pensamentos
Temiam escutar
A maldade que havia lá dentro
E que tentava escapar
Invadir suas ideias
Roubar o seu lugar
Mas apesar de tudo
Ele permanescia sóbrio
Ignorando o desejo sombrio
Que vinha encontrar seu vazio
Por trás daquela máscara
Tinha um menino
Que nunca soube como amar
Então observou da janela
Que sorriso lindo tinha ela
Não sabia o que a noite podia guardar
Esperou e esperou, paciente
O seu sono chegar
E adentrou o seu castelo devagar
No escuro um monstro, um doente
Guardava a princesa a repousar
Sereno seu sono era
E bastou um beijo
Uma faca perfurar o seu peito
Para despertar
Não durou muito
Ela nem o viu direito
Antes de parar de respirar
Sem saber o que tinha feito
O monstro tocou sua pele
Deslisando a faca de leve
O sangue pintava o seu rosto
Os olhos para ele expostos
A beleza pra sempre preservada
Ele deixou a casa, mesmo querendo ficar
Foi embora, noite a dentro
Amassando o sentimento
E a vontade de parar
Procurava outra princesa
E sabia, com certeza
Ela estava o esperar