A Poeta
Com um lapis na mão
Um pouco de opinião
As palavras brotam dos seus dedos
Vindas da imaginação
Nessa hora todos os seus medos
Perdem a razão
E a razão se esconde pequena
Na chegada da inspiração
Pra dar vida a mais um poema
Recitado com coração
Uma agonia plena, Uma distração
E mesmo na ausência de alegria
Quando o medo lhe impelia
A mudar de direção
Quanto mais nela doia
A saudade e a solidão
Esvaziava de chorar no outro dia
Mas seguia...
Transformando toda dor em poesia
Mesmo quando a luz não existia
Quando não mais podia
A coragem lhe vestia
Querendo registrar
Tudo aquilo que sentia
Nem podia respirar
Era mais forte que ela a vontade de rimar
Despejando os desabafos em qualquer lugar
Mesmo depois de uma partida
Quando estava partida
A alma sussurava um versar
Lhe restando muito pouco pra duvidar
Que aquilo tudo era arte
Mesmo sem querer
Destinava uma parte sua
Para o mundo conhecer