A MESMA CARA
A MESMA CARA
Osvaldo Abreu ( Abreu)
A mesma cara, o mesmo rosto,
Coitado! A mesmice.
Já não empolga, já não dá gosto,
Tudo é igual, caretice.
Tudo igual como antes, dá desgosto,
Basta, quero distância dessa chatice.
Vulgares e subservientes elogios,
Tudo repetido, ó querida Alice.
Quem já enxergou, já viu,
A mesma coisa que burrice!
O bom já se viu e ouviu.
É preciso reconhecer a crise.
Vamos fugir do pseudo discurso:
Muito disse me disse.
O que está em curso,
É mais uma, é mais uma tolice.
A transformação é o melhor transcurso,
Minha querida e amada Alice.