ALTA MADRUGADA

Não há ninguém na rua.

As calçadas vazias,

As portas fechadas

E as luzes apagadas.

Só a lua me olha

E eu olho a lua,

Que nua, clareia a rua.

Na alta madrugada

Toca meu rosto o vento

E a lua, por estar nua,

Se esconde a todo momento.

Na rua, cai a neblina

Que molha meus cabelos

Que molha meu rosto

Molha todo meu corpo.

Longe, de muito longe

Vem o som de violão;

E sinto que é hora

De fugir da solidão.

Gilson Brasil
Enviado por Gilson Brasil em 04/07/2022
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