NOITES E BRUXARIAS

Há noites

Em que me embriago

De imaginações & delírios

Oferecendo o rosto

Em sacrifício

Para os deuses

Que habitam o abismo dos sonhos.

São noites em que meu corpo

Se reduz a pele

Que desconhece fronteira

Entre o dentro e o fora.

Noites de lua cheia

Onde tempos arcaicos

Ensinam o caos ao futuro,

E a escuridão irmana todas as formas

Em uma rede de estrelas

Da qual estamos todos ausentes.

Há noites em que desfeito em niilismo

Sou arrebatado pela intuição de Gaia

Na incerteza da vida e da morte.