Poeta cansado

Poeta cansado (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)

O poeta cansou

E em seu trono não se sentou.

Achava tudo triste

Nem mesmo a alegria de alimentar os pássaros com alpiste.

É o fim da vida literária

Mesmo com medo da malária.

Acabou tudo...

Queria ficar mudo.

Parou no tempo

E observou o sapo

Que pulava de um lado para o outro

Parecia querer biscoito.

As formiguinhas cruzavam o chão apressadas

E esperavam dias de geadas...

A caneta acabou a tinta

Aquela, que o transforma, em “Pinta”.

O caderno, ele rasgou...

Quis levá-lo ao fogo,

Mas sentiu não ser bobo,

Jogando seus poemas no lixo

Sem o olhar fixo.

Parou e pensou

Que a vida ainda é bela.

Lembrou-se da personagem Estela,

Aquela que parecia a linda estrela

Que nascia às cinco horas da manhã...

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 03/07/2022
Código do texto: T7551393
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.