Um vento uma vela no mar do amor.
Ao longe uma vela a marear no azul do mar.
Ao longe um coração marinheiro pulsa o balancear.
Um barco de vela branca no mar do coração.
Um marinheiro todo de branco, um amor uma paixão.
E este marinheiro apaixonado veleja em direção do cais.
Ele segue desviando dos Abrolhos enfrentando seus ais.
E ao longe se avista dois lumes vivos fagueiros.
Duas velas acesas lumes que acolhe, matreiros.
A nau atraca, e abraça a segurança dum porto seguro.
E dois corações a marear, na ansiedade do tempo inseguro.
Os lumes da vela dum olhar miram em paixão o velador.
Explosão de vidas sudoeste a purificar as águas do amor.
(Molivars).