A NOVOS TEMPOS

A NOVOS TEMPOS

Desatento em desalento

Não atino ao vento

Que sopra novos tempos

Para mim desatinos

A meu destino

Breve e fugaz

Afinal nesta idade tanto faz

Tempestades ou calmarias

Apenas deixo correr os dias

Nada mais me atinge

Afinal poeta finge

E a dor se espraia

Morrer tanto faz

No interior ou praia

E a alma na raia

Esperando novo tiro de saída

Pular no abismo das águas

Novas e desconhecidas

Quem sabe haja guarida

Para um ressuscitado

Em novo tempo

No qual não seja ausente

Quem sabe após o adeus

Vontade de deus

Novamente gente

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/07/2022
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