RECAÍDA
Acordo no silêncio de
meu abrigo.
Viro para o lado oposto
a imaginar o teu rosto.
Levanto!
Deixo o lençol amarrotado
pra lembrar de você
comigo...
Abraçados!
Despertei em mais
um dia de solidão,
que o tempo não apaga.
Na saudade que perdura
de tua doce candura...
Que meu peito
insiste e afaga.
Atravesso o corredor vazio,
com o frio na alma
e o olhar sombrio,
a te procurar
pelos cômodos
que sempre você estava.
Passo um café amargo.
Disperso e com olhar vago,
abraço a realidade
do momento.
Tento amainar este
sofrimento que a tua
ausência me causa.
...
Vou sobrevivendo
a mais uma recaída!
J.M. 10/11/21