Enganos

Faz tempo que não me deito,

recostado ao teu peito,

daquele jeito.

Faz tempo que não temos tempo,

para um momento.

É sempre tormento.

Faz dias, que há dias, estás fria...

Tem dias, e mais dias, que não mais me dizias

onde irias, se voltarias, e se querias.

É cedo para o juízo,

e agonizo.

É tarde para um algo mais,

não mais... e volto atrás.

Te procuro naquele canto onde só cabem dois.

E no mesmo encanto do antes e sem depois,

te espero em silêncio em um novo aboiz.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 27/06/2022
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