Enganos
Faz tempo que não me deito,
recostado ao teu peito,
daquele jeito.
Faz tempo que não temos tempo,
para um momento.
É sempre tormento.
Faz dias, que há dias, estás fria...
Tem dias, e mais dias, que não mais me dizias
onde irias, se voltarias, e se querias.
É cedo para o juízo,
e agonizo.
É tarde para um algo mais,
não mais... e volto atrás.
Te procuro naquele canto onde só cabem dois.
E no mesmo encanto do antes e sem depois,
te espero em silêncio em um novo aboiz.