MODA APROXIMATIVA

MODA APROXIMATIVA

A moda, criada pelo instinto,

Embarca na inexperiência.

A fabricação das agitações,

Soa pelas artificialidades.

A apreciação nomeada do andar visionário,

Possui nascimentos descomprometidos.

No intervalo das ferramentas,

Idas e vindas da infelicidade,

Celebram o encostar do naufrágio.

As demonstrações dos modelos,

Dobram-se à avidez.

O dedilhar do domínio,

Dirige o suicídio.

O abolir, destinado à manipulação,

Promove o espancamento substitutivo dos dados.

O chamado do futuro,

Receia a quantificação dos livros.

A morte das unicidades fraternas,

São as formas dos gostos.

Preparações mentais,

Golpeiam autoridades.

O gênero do apenas,

Conta manias à pintura.

O derramar perfumado,

Santifica diminuições.

A vida da mudança,

Crê nos gritos.

O depois diz,

Do pior do inconsciente.

A humanização das alternativas,

Nega o superficial.

Comparado à sujeira temporal,

O período químico,

Torna-se inerte.

O movimento da pressa,

Apaixona-se pela bondade.

A modéstia do levar,

Traz paciência às ambições.

O contágio morre,

Pelas definições diárias do quase.

Os mitos do já,

Habitam em aproximações.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 27/06/2022
Código do texto: T7546750
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