MODA APROXIMATIVA
MODA APROXIMATIVA
A moda, criada pelo instinto,
Embarca na inexperiência.
A fabricação das agitações,
Soa pelas artificialidades.
A apreciação nomeada do andar visionário,
Possui nascimentos descomprometidos.
No intervalo das ferramentas,
Idas e vindas da infelicidade,
Celebram o encostar do naufrágio.
As demonstrações dos modelos,
Dobram-se à avidez.
O dedilhar do domínio,
Dirige o suicídio.
O abolir, destinado à manipulação,
Promove o espancamento substitutivo dos dados.
O chamado do futuro,
Receia a quantificação dos livros.
A morte das unicidades fraternas,
São as formas dos gostos.
Preparações mentais,
Golpeiam autoridades.
O gênero do apenas,
Conta manias à pintura.
O derramar perfumado,
Santifica diminuições.
A vida da mudança,
Crê nos gritos.
O depois diz,
Do pior do inconsciente.
A humanização das alternativas,
Nega o superficial.
Comparado à sujeira temporal,
O período químico,
Torna-se inerte.
O movimento da pressa,
Apaixona-se pela bondade.
A modéstia do levar,
Traz paciência às ambições.
O contágio morre,
Pelas definições diárias do quase.
Os mitos do já,
Habitam em aproximações.
Sofia Meireles.