ANTE O FOGO DA CINZA
ANTE O FOGO DA CINZA
O fogo da santidade,
Nomeia comemorações.
Em números, a coletividade destinada ao peso,
Funde-se na negação.
O poder da mudança,
Nada faz.
Jogada, a sede desce,
Enquanto a universalidade arde.
O ficar despe o adiantamento,
Espelhado pelo meio da noite.
A visão dos gêneros,
Passa em profundidades.
O interior das posses,
Governa fisicamente,
A solidão do silêncio.
As horas do fim diário,
Começam em definições.
Os cortes do tempo,
Demonstram o desde.
O agora antecipa o princípio,
Do ter encontrado.
A procura subtrai,
A pessoalidade do morrer.
A infância acende gritos,
Tanto queimados como aquecidos.
Há um acaso,
Que destrói o sabor das chamas.
Os modos do olhar,
Estranham o habitar súbito.
Diminuições humanas,
Afagam as unicidades dos reflexos.
O conhecimento da graça,
Afirma o espancamento do naufrágio.
A tardia serenidade da queda,
Ouve distâncias.
Vozes apagadas,
Estudam cinzas.
Sofia Meireles.