NA NOITE, NA MADRUGADA

Cai a noite, e no silêncio da madrugada
Chego à janela e ao longe 
Vislumbro luzes de um barco
Que no horizonte  desliza lentamente
E suas luzes vão se apagando
Parece que cai no vácuo, 
É nossa ilusão de espaço.
No grande silêncio que há, 
Parece que até as ondas deste belo mar
Batem na areia com vagar
Como se antes da hora..
O dia pudesse acordar.
No céu lua nova aparente,
Meio tímida, de repente
Por brancas nuves se esconde.
Mas as estrelas salientes
Orgulhosas por seus brilhos reluzentes
Põem-se a brincar de esconde-esconde
Entre a beblina e  a  tênue luz do luar.
As nuvens sem se preocupar
Passeiam de par em par
Sem se importar...se a luz da lua
estão a ocultar...
As estrelas nem parecem perceber
Ficam nessa brincadeira
Fazendo a lua nova sofrer.
E de repente percebo, 
Toda a beleza da vida
Explícita na natureza.
Só falta aqui e agora
Um belo ramo de rosas
Para o ar perfumar.
Com a alma leve e  mente clara
Volto pra cama  e agora...
Sei que vou dormir, e ao sonhar
Serão sonhos de acalanto.
Embalados pelo encanto
De poder às ondas do mar
adormecendo, escutar...




naja
Enviado por naja em 27/11/2007
Reeditado em 27/11/2007
Código do texto: T754504