SOFRÊNCIA
Esse amor que, a mim, me ronda,
não se define e me sonda.
Eu não sei qual o por quê,
pois finge que nem me vê
se, acaso, me atrevo
a fazer o que não devo.
Devo o quê? A ele nada,
porque só dá gargalhadas
se mansa eu me aproximo
querendo um carinho, um mimo.
Ah, amor que é meu sofrer,
um sofrer que em mim me dói,
e pouco a pouco corrói
este imenso bem querer.
Quero muito, quero tanto,
mas é triste o meu viver,
dos meus olhos rola o pranto,
já não sei o que fazer.