Trem da ocupação

No trem do meu tempo e da ocupação,

eu vou com vexame de rápida jornada

em que a minha alma respira cansada

e o corpo descansa na inquietação.

Mal leio os poemas da publicação

aqui, no Recanto das Letras querido.

Mas, de madrugada, não me acho vencido;

e nessa viagem, parei um instante

porque não consigo ficar tão distante

das letras, do verso, da prosa e de quem

respira tranquilo e viaja também,

de um veterano e de um estreante.

Parei na estação, mas não desço do trem...