Mutação.
Não esperarei mais por chegada,
A porta não estará aberta (se não for destravada),
Dores não mais serão reconhecidas no passado.
Direi adeus com certa alegria,
Sairei olhando para nada,
Enxergando a multiplicidade de dias desenhados.
Seguirei o contorno pela borda,
Onde sempre entorna a esperança,
Recomeçando das linhas imaginárias de lábios reais.
Acharei depois dessa tempestade, um pouco de tudo,
E certamente misturarei desejos e fatos,
Dosando a passagem que é visível.
Alcançarei nuvens para aperfeiçoar a utopia,
Serei um ponto que observará à distância,
Restaurando a racionalidade apenas onde ela paute reconstrução.
Deitarei as cores em pinceladas diversas,
Monumento fictício de minha visão,
Planejando de mim o espaço para o ir.
Não esperarei chegada... Serei partida.