Mil Razões
Conheço-te, de outros carnavais,
Onde nossos corpos se prepuseram
A chamas carnais,
Seguimos os ritmos desenfreados,
Dos desejos,
Loucos olhares e longos beijos
Não escondemos as vontades
Colocamos tudo pra fora,
Destemidos segredos de ti,
Ânsia devoradora,
Despidas vontades de mim,
A fome falou mais alto sim,
Estavas quente, sedenta,
Esbelta, atrevida, escaldante,
Sensação que fez-me voraz,
Aquele instante, foi demais,
Pedias mais e mais,
Ali completamos os ais,
Ouviram-se suspiros quase mortos,
Nossos corpos absortos,
Renasciam as vontades
Com o gingar sensual,
Aquilo sim era banquete completo,
Gemidos acompanhados os movimentos
Toques que arrepiam a alma,
Nada nos impedia de nos expressarmos,
Fomos donos de nós mesmos,
Naveguei em rotas profundas do teu mar,
Foste guiada pelo mastro da minha vela,
A libido deixou-te tão bela
Seus lábios souberam me aconchegar,
Mil razões para te amar,
Não foi apenas só sexo,
Foi a química, nexo,
Energia gerada na proporção,
Da excitação,
Sensação de bel-prazer,
Diante do teu jardim de mulher,
Floriram os lírios das nossas almas,
Nas orgásmicas vontades dos fluidos,
Nossos corpos no mesmo anel de atracção (...)
(M&M)