deixei no chão molhado
meus rastros cansados
sem esperança de vida
com vontade de morrer
ser mais nada além de mim
depois correr atrás de uma noite
com estrelas cadentes
voltar do exílio seminua
pensar ser a deusa do amor
amar além do sagrado
ser profana na madrugada
gozar com as carícias da brisa do mar
ser água onde a terra racha
ser vida onde a morte grita
depois calar-me à porta de um cemitério
de lugarzinho no meio do nada
onde as cruzes na estrada dizem seus mortos