O que fez foi "ponhá"!
Flutua, não anda
Sente, não salga demais
Adocica cada gesto
Na mais alta fidalguia da compreensão humana
Humana, Mulher, Mãe, Amiga, Filha
Retiro, retirô, retirô nada! Pois o que fez foi ponhá!
Ponhá graça, ponhá graça nesse sorriso besta que sabe que vai embora
Que sabe que é momentâneo
Que sabe que é vaporoso, valoroso
Queria mesmo é que fosse vadioso,
Mas vadioso não é.
A gente segue no sentido da vida, de mãos dados com a selvageria
De mãos dadas com a sororidade
De mãos dadas com a nossa idade
De mãos dadas com a vaidade
Com a alteridade
Vá sorriso besta, vá embora! Mas deixe os dentes à mostra vá!
Deixa!
(Isabel Rodrigues, inspirada por sua irmã Raquel Zanelatto)