ROMANCE DESTINADO
ROMANCE DESTINADO
O romantismo dos instintos,
Naufraga no haver,
De unicidades isoladas.
Os labirintos, localizados pelo viver,
Escurecem a coletividade dos sonhos.
As perdas das culpas,
Enterram medos.
O esconderijo dos desejos ardentes,
Compara-se a um queimar submerso.
Palavras deixadas,
Perfuram facas.
No intervalo linguístico do ar,
A negação diz.
A raiva delira,
Em madrugadas veladas.
Grandioso e noturno,
O esquecimento marca cada passo.
O cruzar dos caminhos,
Emerge no período dos voos.
O transbordamento avistado pelos dias,
Morre por feitos seculares.
As amigáveis idas do amor,
Prometem o cumprimento.
O brilho morde,
Monstruosas invenções.
O susto infantil,
Reflete o inconsciente.
Nos mapas da mesmice,
As interrogações encontram saídas.
O poder segue,
O corte das sombras.
O tecer das posses destinadas,
Desfia e desafia o presente.
Sofia Meireles.