pequeno poema sobre o verbo que dorme
entre os retalhos da infância
o verbo dorme
sereno
como as manhãs de feriado
glauco
lúmino
como um sorriso nas fagulhas do dia
no verbo que dorme
inexisto
movimento mudo
entre as coxas deste poema
finito
*Poema inédito publicado na Antologia Patuá 10 anos, em 2021 (página 82). Este poema é a primeira parte de um poema mais longo, chamado Não dicionarizadas, que estará no meu próximo livro As Cinzas.