Onde morrem os gritos...
Na margem do litoral dos silêncios,
Elas migram nas costas da solidão,
Só li dão ventos sem estios,
E lá elas vão...
Migratórias como as dores da alma,
Caídas nas tramas,
De um cenário sem fundo,
Onde não há alento,
Seus voos rasos improvisados,
Simbolizando a força dos seus trajectos,
Onde morrem os gritos,
Dos seus sonhos famintos,
Ceifados pelas noites,
E os dias mal paridos,
Como se o universo tivesse esquecido,
E o tempo ruminando enganos,
Daqueles que jogam migalhas,
Invés de oportunidades,
Eles fingem não ouvirem seus gritos,
Quantos desejos e quantas vontades,
Alguns amantes e infelizes,
Brotado do seu próprio ventre,
Afinal, a dor do outro, quem sente!?
E onde morrem os seus gritos!?
(M&M)