Destino ingrato
De teu amor tendes cuidados
Para que não se torne lamentos,
E pelas mãos frias dos ventos
Pelos ares sejam espalhados.
Dos lábios agudos instrumentos
Que externam pelos olhos magoados,
Faíscas de rochedos já abalados
Pelos descuidos com os sentimentos.
Fostes cruel ó amor como o destino,
Nascestes no peito como verde rama
Como o mel que do favo se derrama,
E hoje me fizestes um peregrino
Um perdido e entristecido menino
Abandonado pela mulher que ama.